A esta altura do ano, em 2017, trabalhos de cultivo já tinham atingido 60% da área; consequência dessa demora é a possível queda de produtividade
A falta de umidade está afetando o plantio de trigo em São Paulo. Até o momento, menos de 10% dos 22 mil hectares destinados à cultura foram semeados, apontam dados da Camera Setorial do Trigo do estado. Nesta mesma época do ano passado, 60% das lavouras já tinham sido plantadas. Além de atrasar os trabalhos de campo, o tempo mais seco pode prejudicar a produtividade da safra. São esperadas 320 mil toneladas.
O presidente da Camera Setorial, Maurício Ghiraldelli, afirma que existem duas consequências para esse cenário: “Você não vai ter trigo disponível em setembro, quando normalmente tem, e ele sai da janela ideal, correndo risco de geadas na formação do grão e chuvas na colheita”.
Ghiraldelli diz que o baixo estoque interno e a possível queda na produção podem causar problemas de abastecimento de matéria-prima para as indústrias do setor. Ele estima que os moinhos estarão abastecidos até, no máximo, maio. Depois disso, será necessário importar. O cereal argentino, que vem sofrendo diversos aumentos desde sua colheita, em novembro e dezembro, deve ser o principal alvo dos negócios. “A valorização foi superior a 40% nesse período. A farinha argentina aumentou 50%. No Brasil, tivemos um impacto de 12% do dólar além do aumento do trigo, então, a partir de maio e junho, o repasse nos preços de farinha será inevitável”, conta.
Data de Publicação: 17 de Maio de 2018 ás 13:43
Fonte: CANAL RURAL
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